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NOVENTA ANOS DO MODERNISMO.
Segundo Eugênio Gomes: “Godofredo Filho é o legítimo precursor
do modernismo na Bahia e um dos melhores poetas brasileiros de sua geração. A
rigor, não pertenceu ao grupo de Chiacchio; tinha-se antecipado, alguns anos,
em escandalizar as tranquilas consciências literárias de nossa terra, com
experiências surrealistas que, se fizeram rir a muitos, deixaram outros
apreensivos, pois, também havia certa ordem nessa loucura.” Neste texto, Cid
Seixas apresenta as suas primeiras impressões sobre as contradições do
modernismo baiano, ora marcado pelas tradições regionais, ora em busca de uma
modernidade livre dos percalços da Semana de 22.
DO
INCONSCIENTE À LINGUAGEM. UMA TEORIA DA LINGUAGEM NA DESCOBERTA DE
FREUD.
Paralela e independentemente dos postulados de Saussure, Freud esboçou uma teoria neurológica da linguagem que ultrapassa os limites da ciência situada no limiar dos séculos XIX e XX para se inscrever entre as formulação de uma nova e avançada filosofia da cultura. Desde os escritos iniciais, passando pelo Projeto de 1895, até os últimos textos que nos legou, Freud vincula a linguagem verbal aos elementos das suas tópicas. A bibliografia constante deste trabalho coincide com os momentos em que a palavra fulgura como condição da consciência e estrutura concreta do inconsciente.
Paralela e independentemente dos postulados de Saussure, Freud esboçou uma teoria neurológica da linguagem que ultrapassa os limites da ciência situada no limiar dos séculos XIX e XX para se inscrever entre as formulação de uma nova e avançada filosofia da cultura. Desde os escritos iniciais, passando pelo Projeto de 1895, até os últimos textos que nos legou, Freud vincula a linguagem verbal aos elementos das suas tópicas. A bibliografia constante deste trabalho coincide com os momentos em que a palavra fulgura como condição da consciência e estrutura concreta do inconsciente.
LITERATURA
E INTERTEXTUALIDADE, de Cid Seixas, é um estudo sobre a ressonância de vozes no
texto literário, que demonstra o permanente diálogo mantido pelas obras entre
si, ou pelas diversas manifestações artísticas, onde um texto remete ao
universo de outro texto; e onde uma composição musical evoca outra composição.
Pintura, arquitetura, cinema, teatro, música e literatura são exemplos de
expressões artísticas que não ficaram imunes ao diálogo das obras entre si,
numa cumplicidade aliciante para com o público. A troca de experiências é uma
atitude essencial do homem, também assumida por uma das manifestações mais
complexas do seu espírito: a arte.
CASTRO ALVES E O REINO DE EROS,
por Cid Seixas
A moral sexual da cultura romântica, rasgada por contradições e
conflitos, é marcada pela tensão entre o delírio fantasioso do desejo e a
expiação obsessiva de culpas imaginárias. O homem, incendiado pela ânsia de
vida e de amor, se proíbe a plenitude dessa experiência, recusando à mulher a
condição de parceira na procura lúdica. Só é considerada merecedora do amor
romântico a virgem de pureza passiva, enquanto a mulher que não se deixa vencer
pelo bloqueio da libido poderá ser, apenas, objeto de desejo, saciado no fogo
infernal do desprezo e da condenação moral romântica. Diante desse quadro,
a obra de Castro Alves surge como uma ilha isolada e plena de desejos,
contrastando com os costumes da época.
DESATINO ROMÂNTICO E CONSCIÊNCIA CRÍTICA.
UMA LEITURA DE AMOR DE PERDIÇÃO, DE CAMILO CASTELO BRANCO.
UMA LEITURA DE AMOR DE PERDIÇÃO, DE CAMILO CASTELO BRANCO.
Esta abordagem do livro conduz o leitor aos descaminhos do texto, com
suas certezas e contradições. A mais romântica das novelas camilianas é vista
como antecipação realista, saltando do confronto ao ultrapasse. Metonímia,
deslocamento e caricatura são recursos de uma construção fraturada pelo oscilar
entre o rigor iluminista e a fluência da emotividade popular que balizaram o
autor.
DA INVENÇÃO À LITERATURA: TEXTOS DE TEORIA E CRÍTICA
Reúne
artigos sobre o fazer literário em linguagem simples e criativa,
destinada ao prazer da leitura. Sobre esta tarefa é o autor quem diz: “Quando
meninos, brincávamos de cabra-cega, um jogo no qual, de olhos vendados,
procurávamos o que não víamos. Em adultos, encontramos na tela de Goya La
gallina ciega uma imagem irônica, mas de construtivo apelo, da tarefa crítica.
Sabendo-se de olhos vendados para o que pretende alcançar, a crítica saberá
voltar atrás, tentar de novo, procurar do outro lado, e – quem sabe? – até
mesmo acertar.”
STRAVINSKY: UMA POÉTICA DOS SENTIDOS
OU A MÚSICA COMO LINGUAGEM DAS EMOÇÕES
OU A MÚSICA COMO LINGUAGEM DAS EMOÇÕES
Por Cid
Seixas
O ponto de partida da discussão presente neste livro está centrado na
obra de Igor Stravinsky Poética Musical, resultado de uma série de
seis conferências proferidas, em 1939, na Universidade de Havard, quando o
compositor ocupou a Cátedra de Poética Charles Elliot Norton. O fato de um
músico ocupar uma cadeira de poética foi recebido com estranheza por algumas
pessoas, mas a leitura das partes, ou conferências, que compõem o texto de
Stravinsky não deixa margem para qualquer dúvida a respeito da natureza da
referida cátedra e da propriedade do tema abordado pelo maestro russo.
Lembre-se que durante o século XX grandes escritores e teóricos, como Ítalo
Calvino, Umberto Eco e outros proferiram suas seis lições ou propostas para o
próximo milênio.
EUCLIDES NETO: ESCRITOR
BRASILEIRO
Euclides Neto é um escritor nascido no sul da Bahia e pertencente à geração de ficcionistas de 45, com seus tormentos e conquistas do após guerra. No Brasil, essa geração, intrinsecamente complexa, veio amadurecer e ampliar os recursos do Romance de 30 eclodido no nordeste.
No caso das obras escritas por autores da região cacaueira da Bahia, entre as quais fulguram as criações de Jorge Amado e de Adonias Filho, os romances de Euclides Neto ganham cada vez mais ressonância, desde que foram tomados como objetos de estudo em dissertações de mestrado e teses de doutoramento.
Euclides Neto é um escritor nascido no sul da Bahia e pertencente à geração de ficcionistas de 45, com seus tormentos e conquistas do após guerra. No Brasil, essa geração, intrinsecamente complexa, veio amadurecer e ampliar os recursos do Romance de 30 eclodido no nordeste.
No caso das obras escritas por autores da região cacaueira da Bahia, entre as quais fulguram as criações de Jorge Amado e de Adonias Filho, os romances de Euclides Neto ganham cada vez mais ressonância, desde que foram tomados como objetos de estudo em dissertações de mestrado e teses de doutoramento.
LITERATURA NA BAHIA
TRADIÇÃO
E MODERNIDADE (A LITERATURA NA BAHIA / I)
Com o subtítulo Impasses e confrontos de uma vertente regional, esta coleção planejada pelo autor pretende reunir diversos textos escritos sobre o tema, ao longo das suas atividades jornalísticas e acadêmicas. Inicialmente, o plano compreende as primeiras manifestações do modernismo na Bahia e seu desdobramento imediato propiciado pelos acontecimentos dos anos trinta do século passado. Constituem este primeiro volume os artigos “GodofredoFilho, pioneiro do modernismo na Bahia”, “Modernismo e tradicionismo na Bahia”, “Quando a poesia era uma festa”e “A poesia do Decano”. Aqui são vistos os embates entre grupos divergentes na sua compreensão do modernismo.
Com o subtítulo Impasses e confrontos de uma vertente regional, esta coleção planejada pelo autor pretende reunir diversos textos escritos sobre o tema, ao longo das suas atividades jornalísticas e acadêmicas. Inicialmente, o plano compreende as primeiras manifestações do modernismo na Bahia e seu desdobramento imediato propiciado pelos acontecimentos dos anos trinta do século passado. Constituem este primeiro volume os artigos “GodofredoFilho, pioneiro do modernismo na Bahia”, “Modernismo e tradicionismo na Bahia”, “Quando a poesia era uma festa”e “A poesia do Decano”. Aqui são vistos os embates entre grupos divergentes na sua compreensão do modernismo.
1928: MODERNISMO E MATURIDADE (A LITERATURA NA BAHIA / ii)
Neste volume são incluídos cinco textos cujo enfoque contempla o
amadurecimento das propostas de 22 trazidas pelos acontecimentos pós 1928. São
eles: “Do modernismo paulista ao regionalismo do Nordeste”, “Uma gesta cabocla
do modernismo brasileiro”, “O sumiço da santa: síntese do romance urbano de
Jorge Amado”, “O romancinho dos turcos” e “Edson Carneiro, o etnólogo e o poeta
desconhecido”. A série de e-books A Literatura na Bahia, com
o subtítulo Impasses e confrontos de
uma vertente regional, leva gratuitamente ao público da rede
mundial de computadores importantes informações sobre a vida cultural
baiana.
TRÊS TEMAS DOS ANOS TRINTA (A LITERATURA NA BAHIA / iii)
A autor discute como os Anos 30 foram emblemáticos para a Literatura Brasileira
e, especialmente, para a velha capital da Bahia. Apenas, a partir de 1928 a
modernidade artística ganhou relevo na Cidade do Salvador que, já nos primeiros
séculos de presença europeia, perdeu a condição de metrópole colonial. O padre
Antonio Vieira, com sua formação barroca inteiramente constituída na Bahia, foi
o escritor de maior expressão da nossa língua. Nenhum outro, formado no Reino
representou tão bem o espírito barroco que, assim, pode ser considerado mais
uma construção da colônia do que da metrópole. Gregório de Matos, formado em
Coimbra, inaugurou a poesia do novo país e, embora pioneiro, não teve a força
do prosador educado na província selvagem, cortada pelos reflexos da
civilização hispânica. Depois da representatividade literária dos primeiros
tempos, somente em raros momentos, como o dos anos 30, a Bahia foi protagonista
da cena nacional.
FINAL DOS ANOS XX. (A LITERATURA NA BAHIA / IV)
Este livro é formado por quinze artigos em torno de obras e autores
baianos com destacada atuação no período. Os textos foram retirados do acervo
da coluna “Leitura Crítica”, assinada por Cid Seixas de 1994 a 1998, no
jornal A Tarde, de Salvador. Aleilton Fonseca, Antonio Torres,
Aramis Ribeiro Costa, Bráulio de Abreu, Cyro de Mattos, David Salles, Elieser
Cesar, Euclides Neto, Gláucia Lemos, Guido Guerra, João Carlos Teixeira Gomes,
Ruy Espinheira Filho e outros figuram no livro, sem refletir preferência ou
hierarquia, pelo fato de suas obras terem sido abordadas nos últimos anos da coluna,
dedicada a livros e autores brasileiros e estrangeiros.
PEJI DE INVENTOS (A LITERATURA NA BAHIA / V)
Este quinto
volume da série Literatura na Bahia reúne dez textos escritos em momentos e
circunstâncias diversos, tendo como ponto de identidade o fato de tratar de
autores e obras que resultam da condição de ser ou estar baiano. Entende-se a
segunda como um modo de caracterizar pessoas que tendo nascido fora,
passaram a morar na Bahia e incorporaram traços do viver local. O
título do volume resulta da minha própria vivência de baiano de uma cidade
negro-mestiça do recôncavo. Em Maragogipe, terra habitada por caboclos,
caiçaras, curibocas, negros e alguns brancos, era mais ou menos comum, em
meados do século passado, utilizar o termo “peji”, pronunciado baianamente como
“piji”, não apenas para designar os espaços sagrados da Umbanda e do Candomblé,
mas para caracterizar um lugar onde se vai amontoando um mundo de coisas.
jorge
amado: Da guerra dos santos
à demolição do eurocentrisMO
Assim como os poetas épicos e dramáticos da antiguidade clássica estabelecem um discurso recorrente aos mitos e à tradição da sua cultura, o texto amadiano se instaura como diálogo intertextual com o viver da Bahia, os mitos e tradições dos descendentes de súditos e príncipes africanos trazidos como escravos. Seguindo esta perspectiva crítica, Jorge Amado deve ser visto como um clássico da cultura do seu povo e do seu tempo, cujos temas constroem o perfil do herói coletivo: o homem comum, mestiço e místico.
à demolição do eurocentrisMO
Assim como os poetas épicos e dramáticos da antiguidade clássica estabelecem um discurso recorrente aos mitos e à tradição da sua cultura, o texto amadiano se instaura como diálogo intertextual com o viver da Bahia, os mitos e tradições dos descendentes de súditos e príncipes africanos trazidos como escravos. Seguindo esta perspectiva crítica, Jorge Amado deve ser visto como um clássico da cultura do seu povo e do seu tempo, cujos temas constroem o perfil do herói coletivo: o homem comum, mestiço e místico.
LINGUAGEM, CULTURA E
IDEOLOGIA
Livro I | A NATUREZA
IDEOLÓGICA DA LINGUAGEM
A
pesquisa de Cid Seixas, empreendida no final dos anos 70 sobre a linguagem,
numa perspectiva da cultura e da ideologia, contrariando os estudos imanentes
do estruturalismo, antecipou importantes questões hoje em debate. Entre as
manifestações favoráveis ao seu trabalho pioneiro, está a do filólogo Antonio
Houaiss, como integrante da banca que avaliou o seu primeiro trabalho acadêmico
de porte.
Livro II | A LINGUAGEM, ORIGEM DO CONHECIMENTO
Além de
tratar de questões da ideologia, este estudo enfatiza a importância da língua,
entendida como concepção e comunicação das idéias, pois é através da linguagem
verbal que o conhecimento humano tem existência prática. Se a filosofia da
práxis recusa construir suas bases sobre objetos ideais, erigindo o edifício
sobre o real apreendido na sua forma de existir, é a linguagem que vai oferecer
o ponto de partida. O materialismo dialético se interessa pela língua enquanto
prática porque é através da atividade linguística que a consciência se revela e
existe para o homem.
Livro III | SOB O SIGNO DO ESTRUTURALISMO
A perspectiva de Saussure, ao reconhecer apenas a imanência da forma,
contraria a crença de autores que opõem o conceito de estrutura ao
de forma. Para Lévi-Strauss, enquanto a última se refere apenas a
uma face do objeto, a estruturaabrange o objeto como um todo em que as partes se articulam. Nesta
visão estaria a chave para compreender a influência do estruturalismo nas
ciências da cultura.
Livro IV | O CONTRATO SOCIAL
DA LINGUAGEM
Se a
língua é um repositório cultural, onde se guardam as conquistas do homem, nos
planos objetivo e subjetivo, ela, ao desempenhar o papel de instrumento de
comunicação, influencia o ouvinte e participa ativamente da constituição das
novas formas da cultura, que são a materialização da sua memória simbólica.
Livro V | A LINGUAGEM: DO
IDEALISMO AO MARXISMO
Do mesmo modo que é difícil para o estudioso de hoje conceber a realidade
como simples resultado de formas apriorísticas da subjetividade – ponto de onde
parte a tese idealista –, é igualmente inaceitável a hipótese materialista que
pretende desconhecer o papel do indivíduo cognoscente, reduzindo a realidade
aos fatos objetivos.
Reúne artigos sobre o fazer literário em linguagem simples e criativa, destinada ao prazer da leitura. Sobre esta tarefa é o autor quem diz: “Quando meninos, brincávamos de cabra-cega, um jogo no qual, de olhos vendados, procurávamos o que não víamos. Em adultos, encontramos na tela de Goya La gallina ciega uma imagem irônica, mas de construtivo apelo, da tarefa crítica. Sabendo-se de olhos vendados para o que pretende alcançar, a crítica saberá voltar atrás, tentar de novo, procurar do outro lado, e – quem sabe? – até mesmo acertar.”
DA INVENÇÃO À LITERATURA: TEXTOS DE TEORIA E CRÍTICA
Reúne artigos sobre o fazer literário em linguagem simples e criativa, destinada ao prazer da leitura. Sobre esta tarefa é o autor quem diz: “Quando meninos, brincávamos de cabra-cega, um jogo no qual, de olhos vendados, procurávamos o que não víamos. Em adultos, encontramos na tela de Goya La gallina ciega uma imagem irônica, mas de construtivo apelo, da tarefa crítica. Sabendo-se de olhos vendados para o que pretende alcançar, a crítica saberá voltar atrás, tentar de novo, procurar do outro lado, e – quem sabe? – até mesmo acertar.”
CONHECER PESSOA
ESPAÇO DE TRANSGRESSÃO E
ESPAÇO DE CONVENÇÃO
Série Conhecer Pessoa, 1
Série Conhecer Pessoa, 1
A série intitulada “Conhecer Pessoa” trata de questões da teoria do
conhecimento e da arte, a partir das ideias estéticas e da criação poética de
Fernando Pessoa. Ao viver com outros indivíduos, o ser humano aceita um
conjunto de normas e crenças socialmente compartilhadas, tomando os mitos
forjados pelo grupo como representação da verdade.
A
CONSTRUÇÃO DO REAL COMO PAPEL DA CULTURA
Série Conhecer Pessoa, 2
Série Conhecer Pessoa, 2
Enquanto os animais
convivem diretamente com os outros e com a natureza, o homem interpõe os
processos simbólicos, ou os signos, como forma de conhecimento e de
representação de todas as coisas presentes e ausentes. Desse modo,
pode trazer para diante de si objetos distantes, ou até mesmo
inexistentes, configurados no universo da linguagem.
A POESIA
COMO METÁFORA DO CONHECIMENTO
Série Conhecer Pessoa, 3
Série Conhecer Pessoa, 3
Em Fernando Pessoa vamos buscar
material para afirmar que a transgressão operada pela arte se distingue da
transgressão pela neurose, por se converter em força produtiva. A arte não
propõe uma acomodação, a partir dos mecanismos interiores, mas uma tradução
destas motivações para uma linguagem socialmente compartilhável, como forma de
atuação sobre as relações estabelecidas.
O SIGNO
POÉTICO, FICÇÃO E REALIDADE
Série Conhecer Pessoa, 4
Série Conhecer Pessoa, 4
Embora discuta com
respeito e admiração as ideias de estudiosos marcados pelo estruturalismo, Cid
Seixas propôs o ultrapasse do método estrutural em favor da compreensão daquilo
que hoje se chama de estudos culturais, como aqui se evidencia: Postos diante da obra de Fernando Pessoa temos que rever a teoria estabelecida,
do mesmo modo que Jakobson reconhece que, “de acordo com a arte de Pessoa”,
a identidade de som e sentido entre os elementos lexicais revela-se
equívoca. Se a poesia dos grandes poetas da modernidade, obrigou o Século XX a
repensar a teoria da literatura, ela igualmente nos obriga a rever a teoria da
linguagem.
DO SENTIDO LINEAR À CONSTELAÇÃO DE SENTIDOS
Série Conhecer Pessoa, 5
Enquanto se
pensa, construir o material do pensamento durante o processo de pensar, seria
antieconômico e atrofiaria o próprio processo. A construção do material durante
o pensar conduziria a um devaneio da razão.
Sabemos que o pensamento consciente é marcado por uma certa precisão ou objetividade, imposta pelos limitados e úteis contornos das significações linguísticas. Eles servem de marcos iniciais para a viagem do sujeito, rumo ao desconhecido e aos buracos negros do inconsciente que nos fala e governa. São tais questões da teoria do conhecimento que constituem o quinto livro de Cid Seixas sobre o tema, no contexto da obra de Fernando Pessoa..
Sabemos que o pensamento consciente é marcado por uma certa precisão ou objetividade, imposta pelos limitados e úteis contornos das significações linguísticas. Eles servem de marcos iniciais para a viagem do sujeito, rumo ao desconhecido e aos buracos negros do inconsciente que nos fala e governa. São tais questões da teoria do conhecimento que constituem o quinto livro de Cid Seixas sobre o tema, no contexto da obra de Fernando Pessoa..
O ECO DA INTERDIÇÃO OU O
SIGNO ARISCO
Série Conhecer Pessoa, 6
Formando uma
constelação difusa de sentidos, o discurso da arte se inscreve no universo
simbólico com uma dupla identidade. Através de uma delas, compartilha o
conhecimento dos objetos com uma hipotética linguagem primitiva, descrita por
Vico e Rousseau. Através da outra, transpõe os limites cognitivos da
língua, para captar e enformar as dimensões do real que constituem o reino
flutuante de uma outra lógica: o espaço de transgressão. Ou a terceira margem
do sentido. Linguistas como Saussure e Hjelmslev são confrontados com
semioticistas como Barthes e Umberto Eco para buscar a especificidade do signo
da arte.Série Conhecer Pessoa, 6


A POÉTICA PESSOANA: UMA PRÁTICA SEM TEORIA
Série Conhecer Pessoa, 7
A prática criadora de Pessoa intui que as figuras formativas da
linguagem não são simples divertimentos de adultos nem joias para enfeitar o
pensamento: a metáfora é como a nave exploratória, que ultrapassa a atmosfera
respirável e vence o vazio escuro, em busca de novas formas de vida.
Instrumento impreciso do conhecimento, a metáfora é a nau descobridora. Pelo
condão da palavra inaugural, vê o que outros olhos não viram ainda,
transmudando a visão difusa em objeto esculpido na pedra pela densa luz do dia.
O DESATINO E A LUCIDEZ DA CRIAÇÃO EM PESSOA
Série Conhecer Pessoa, 8
Avesso do personagem do teatro, o personagem da cultura não pode,
impunemente, encenar o desejo, guardando as fantasias insatisfeitas em cofres
de atos falhos, ou sepultando o desejo acorrentado, sob as pedras do sintoma.
Se o menino que brinca consegue transpor as grades e muros da
realidade, o artista reinstaura, na idade adulta, a linguagem esquecida,
recuperando a vitalidade e a liberdade capazes de refazer o real, desta vez
corrigido, estruturado de uma forma mais adequada e acessível à felicidade
clandestina.
UMA
UTOPIA EM PESSOA: CAEIRO, O LUGAR DE FORA DA CULTURA
Série
Conhecer Pessoa, 9
Do mesmo modo que o
poeta Alberto Caeiro é uma figura de ficção, a natureza por ele evocada em
refutação ao simbólico é também uma natureza simbólica, ou, mais precisamente,
uma natureza hipostasiada: uma conjectura filosófica. Ao contrário
de Kant, Caeiro olha para as coisas, e não para o animal simbólico que as
contempla: sua utopia cognitiva consiste em ver o objeto em si, ignorando a
relação desse objeto com o sujeito. Essa e outras questões constituem o
último volume desta série.
UMA VIAGEM
PLURAL A POÉTICA DE FERNANDO PESSOA
Folhetim, n. 3
Folhetim, n. 3
Uma assertiva de
Fernando Pessoa define a sua poética, onde a neurose e o processo de criação
estabelecem um permanente diálogo: “A base do gênio lírico é a histeria.”
Colocando a histeria como fonte do material primeiro da produção lírica, o
poeta toma a arte como uma forma de percepção e construção do mundo divergente
da forma estabelecida pela tradição da cultura. Mesmo tentando fazer passar a
heteronímia como resultado da condição de “possesso”, como na correspondência
aos escritores da geração de Presença, romanceando a aparição demiúrgica do
Mestre Caeiro, o poeta insiste que é a inteligência juntamente à reflexão que
conferem a esse fenômeno o estatuto estético.
O SILÊNCIO DO ORFEU REBELDE E OUTROS ESCRITOS
SOBRE MIGUEL TORGA
SOBRE MIGUEL TORGA
É uma reunião de textos publicados em jornais, revistas e outras fontes, sobre a obra do escritor português, apontado por Jorge Amado como mais o legítimo candidato da língua portuguesa ao Prêmio Nobel. Neste pequeno livro, publicado em 1999, em edição impressa, e disponibilizado agora em suporte digital, às vezes, o foco resvala da obra para o homem, numa confissão involuntária da crença segundo a qual a escrita se enriquece pelo conhecimento da vida que a gerou.
ORPHEU EM PESSOA
O centenário da revista Orpheu permitiu-nos revisitar, neste ano de 2015, a história de uma publicação de apenas dois números, formada por jovens rapazes. Não obstante a sua brevidade, Orpheu, fez com que a literatura escrita em português, e nomeadamente a poesia portuguesa, não mais voltasse a ser a mesma. Essa e outras questões, sobre uma geração que teve como centro constelar o poeta Fernando Pessoa, são tratadas neste livro que é uma reunião de alguns trabalhos apresentados ao Simpósio Internacional 100 anos da revista Orpheu: Fernando Pessoa e as Poéticas da Modernidade. São ao todo dez autores que apresentam diferentes enfoques dos temas abordados.
A TIMIDEZ
ESCONDIDA:
UM DIÁLOGO COM CID SEIXAS
Nos anos
noventa do século vinte, o escritor e jornalista Guido Guerra traçou um vasto
painel da vida baiana, através de diálogos e entrevistas com personalidades das
diversas áreas, incluindo ciências, artes plásticas, literatura, cinema, música
e outros temas. Publicados, inicialmente na grande imprensa local, estes
textos vieram a integrar quatro livros editados pela Assembléia Legislativa, em
convênio com a Acamia de Letras da Bahia, no início do século XXI. O diálogo
com Cid Seixas apresentado neste e-book foi incluído em 2009 no volume
intitulado Imortal irreverência: depoimentos e entrevistas.
OS RISCOS DA
CABRA-CEGA: RECORTES DE CRÍTICA LIGEIRA
Organização de
Rubens Alves Pereira e Élvya Ribeiro Pereira. Reúne parte da crítica de
“rodapé” produzida por Cid Seixas, de 19 de setembro de 1994 a 9 de
novembro de 1998, período em que manteve uma coluna semanal no jornal A Tarde,
de Salvador, Bahia, totalizando 191 artigos. No irreverente título, o autor
cifra um conjunto de referências que diz muito do conteúdo que iremos encontrar
no livro, a exemplo do tom irônico e provocativo que assume em relação à
crítica literária, a sua e a de outros; a valorização do jogo lúdico que
deve predominar em toda relação com o texto literário; a defesa da leveza e da
agilidade como princípios básicos da crítica.
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