27/09/2007

Bibliografia de Cid Seixas


POESIA

Temporário; poesia. Salvador, Ci­mape, 1969 (Coleção Autores Baianos, 3).

Paralelo entre homem e rio: Fluviário; poesia. Sal­va­dor, Im­pren­sa Oficial da Bahia, 1972.

O signo selvagem; metapoema. Salvador, Margem; De­parta­mento de As­suntos Culturais da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 1978.

Fonte das pedras; poesia. Rio de Janeiro, Ci­viliza­ção Brasi­leira; Bra­sília, Instituto Nacional do Livro, 1979.

Fragmentos do diário de naufrágio; poesia. Salva­dor, Ofi­ci­na do Livro, 1992.

O espelho infiel; poesia. Rio de Janeiro, Diadorim, 1996.






ENSAIO E CRÍTICA


O espelho de Narciso. Livro I: Linguagem, cultura e ideo­logia no idealismo e no marxismo; ensaio. Rio de Ja­neiro, Civiliza­ção Brasileira; Brasília, Ins­tituto Nacional do Livro, 1981.

A poética pessoana: uma prática sem teoria; en­saio. Sal­vador, CEDAP / Centro de Editora­ção e Apoio à Pes­quisa, 1992 (Tiragem restrita e fora do comércio).

Godofredo Filho, irmão poesia; ensaio. Salvador, Ofi­ci­na do Livro, 1992 (Tiragem restrita e fora do comércio).

Poetas, meninos e malucos; ensaio. Salvador, Uni­ver­si­­dade Federal da Bahia, 1993 (Cadernos Literatura & Lingüís­ti­ca, Vol I).

Jorge Amado: Da guerra dos santos à demolição do euro­cen­­tris­mo; ensaio crítico. Salvador, CEDAP, 1993.

Literatura e intertextualidade; ensaio. Salvador, CEDAP, 1994.

Herberto Sales. Ensaios sobre o escritor. Salvador, Oficina do Livro, 1995 (Tiragem restrita e fora do comércio).


O viajante de papel. Perspectiva crítica da literatura portuguesa. Salvador, Oficina do Livro, 1996 (Tiragem limitada, fora do comércio).

Triste Bahia, oh! quão desseme­lhante. Notas sobre a literatura na Bahia. Salvador, Egba, Secretaria da Cultura, 1996.

O lugar da linguagem na teoria freudiana; ensaio. Salvador, Fundação Casa de Jorge Amado, 1997 (Col. Casa de Palavras).

O silêncio do Orfeu Rebelde e outros escritos sobre Miguel Torga; ensaios. Salvador, Oficina do Livro, 1999 (Tiragem restrita e fora do comércio).

O trovadorismo galaico-português; ensaio crítico e antologia. Feira de Santana, UEFS, 2000.

Três temas dos anos trinta; textos de crítica literária. Feira de Santana, UEFS, 2003 (Cadernos de sala de aula).







NO EXTERIOR
The savage sign / O signo selvagem; poesia; trad. Hugh Fox. Lansing, Ghost Dance, 1983 (Edição bilingue norte-americana).





Participação / co-autoria
 
OLIVEIRA, Adelmo et alii: Breve romanceiro do natal; antologia poética. Salvador, Beneditina, 1972 (Co-autoria).

CUNHA, Carlos et alii: Sete cantares de amigo; antologia poética. Salvador, Arpoador / Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1975 (Co-autoria).

ESPINHEIRA FILHO, Rui et alii: Lira de bolso; poesia. Salvador, Arpoador/Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1975 (Co-autoria).

VV.AA.: Antologia de Poetas da Bahia em Alfabeto Braille; poesia. Salvador, Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1976 (Co-autoria).

TAVARES, Luis Henrique Dias et alii: Jorge Amado. Ensaios sobre o escritor. Salvador, Universidade Federal da Bahia, 1983 (Participação com um poema sobre o escritor).

GATTAI, Zélia: Literatura na Bahia. Salvador, Fundação Casa de Jorge Amado, 1996 (Participação com um ensaio crítico sobre a escritora).


BRASIL, Assis: A Poesia Baiana no Século XX. Antologia. Rio de Janeiro, Imago, 1999, p. 213-215. (Participação com dois poemas: “Pasto das águas” e “Tebas revisitada: Cidade da Bahia”.)



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na expressão sublinhada.

07/09/2007

José Inácio Vieira de Melo

José Inácio:
um hieróglifo que dá voz ao silêncio

De acordo com a programação deste evento, a minha intervenção foi prevista para secundar a exposição da professora Eliana Mara, que já escreveu, por mais de uma vez, e com fecunda propriedade, sobre a poesia de José Inácio Vieira de Melo. Diante da primazia da fala de Eliana Mara, optei por ser bem mais breve do que na primeira intervenção.

Quando fui convidado para participar desta mesa de poesia, na qual os centros constelares são o engenho de Florisvaldo Mattos e a arte de José Inácio Vieira de Melo, confesso que achei temerária e desproporcional a presença de uma nova voz, há pouco tempo ainda desconhecida, ao lado da figura respeitada de Florisvaldo Mattos.

Isso porque eu era um completo ignorante das artes e dos apartes de Inácio, vivente das Alagoas retirado cá pras bandas da Bahia. Temia que a poesia solar de Florisvaldo Mattos projetasse sombra sobre o outro lado. Mas depois de uma primeira leitura, ainda de forma ligeira e transversal, de alguns versos de Inácio Vieira de Melo, vi que não estava diante de um simples iniciante dos caminhos da escrita, mas de um poeta, com pleno direito de se fazer ouvir.

Justifica-se, portanto, a presença do alagoano ao lado do grapiúna. Na verdade, são dois sóis que brilham em pontos diversos e com intensidades múltiplas e singulares.

Curiosamente, os temas dos dois poetas se afastam e se achegam. A Espanha, entremeada na poesia de Florisvaldo Mattos, aparece em forma de “Bodas de sangue” no verso de José Inácio.

Se, no “Soneto Rural” do livro Reverdor, Florisvaldo recolhe “pastoral envelhecida / ao som da flauta”, por sua vez, José Inácio, não mais em forma de soneto, mas através do poema livre nominado “Rural”, anuncia: “Eu vou pra roça, ajudar o dia amanhecer (...) / e sentir a chuva de leite em meus olhos.”

“Eu vou pra roça, lá o documento é a palavra.”

Este verso que fecha a porteira do poema “Rural” abre para nós uma encruzilhada na qual escolho dois caminhos de significância. No primeiro, o poeta retoma o valor moral de um compromisso assumido nos tempos de antanho. Na roça, não é preciso firmar escritura para manter a palavra. O documento é o próprio sujeito. Ou: o homem é a palavra; e a palavra é o homem.

Observe-se que ao criar uma ambivalência para a expressão escritura, aqui tratada como documento, mas que remete também à arte da escrita, estamos tão somente explorando as possibilidades deste verso de José Inácio: “Eu vou pra roça, lá o documento é a palavra.”


Vejam a ressonância árcade do sentido. Lembre-se que os poetas do século XVIII, cansados da empolada erudição neoclássica dos séculos anteriores, especialmente no maneirismo, contraditoriamente, elegeram o campo como espaço das suas elucubrações poéticas. Se o ruído vulgar das cidades, apinhadas de gente confusa, não permitia o medrar da palavra, plena de som e de sentido, a figuração do campo assegura o fluir da poesia no sopro do vento, no canto das aves, na calma dos dias esquecidos do relógio e medidos somente pela chegada e pela partida do sol e da lua.

Ora, o verso do catingueiro Inácio insiste: “Eu vou pra roça, lá o documento é a palavra.” Se na cidade são os documentos que valem em lugar do homem, os debêntures, as letras de câmbio, os títulos legais; no campo, podemos viver esquecidos de toda esta parafernália infernal. Na roça o homem é a sua palavra.

E aqui estamos no campo da palavra poética, a linguagem como morada do ser, na concepção de Heidegger. Ou o versículo de João: “No princípio era o verbo”. A palavra divina constrói o mundo, a partir do nada. A palavra poética constrói o homem, a partir do sentido. A frase “o documento é a palavra” significa também: o que importa é a palavra, seu som, seu ritmo, seu sentido, sua poesia.

Eis porque vale a pena aceitar o convite do catingueiro Inácio e ir para a roça montado na garupa do seu cavalo Centauro. No seu mundo rural, enquanto ele sente a chuva de leite nos olhos, nós podemos sentir os respingos da poesia das suas palavras.

E que não se pense que a ausência dos apetrechos que entopem, atulham as casas, as ruas, as lojas e as cidades torna o campo um lugar ermo onde se vive a esmo. Não. No seu “Registro da fala do silêncio” o poeta Vieira de Melo ensina que o silêncio “é um hieroglífico poema”. Ou, podemos dizer, para concluir, que o poema é um hieróglifo que dá voz ao silêncio.




BIBLIOGRAFIA:

MELO, José Inácio Vieira de. A infância do centauro; poesia. Ilustrações de Juraci Dórea. São Paulo, Escrituras, 2007, 136 p.

MELO, José Inácio Vieira de. Roseiral; poesia. São Paulo, Escrituras, 2010, 108 p.

MELO, José Inácio Vieira de. Cavaleiro de fogo; blog.
http://jivmcavaleirodefogo.blogspot.com/


(Texto lido durante o evento “Encontros Literários”, realizado na Academia de Letras da Bahia, no dia 16 de abril de 2010.)

Florisvaldo Mattos

Florisvaldo Mattos,
uma poesia que transcende o tempo


Cid Seixas

Meu primeiro alumbramento com a poesia de Florisvaldo Mattos se deu cerca de dez anos depois da publicação do surpreendente Reverdor. Surpreendente porque, ao ter contato com o livro de poesia de Florisvaldo Mattos, tomei conhecimento de outros livros publicados na Bahia dos anos sessenta.

Descobri também a geração de Godofredo e Carvalho Filho, pioneiros da modernidade na Bahia, ao tempo em que fui tomado pelo espanto diante das obras de dois novos poetas revelados em livro nos meados dos anos sessenta; os excelentes Florisvaldo Mattos e José Carlos Capinan. Secundarista do Colégio da Bahia, chegado do interior, passei a estagiar em jornais e emissoras de rádio para ter meu próprio dinheirinho de estudante.

Foi através das obrigações da redação dos Diários Associados, como repórter de setor, encarregado de cobrir a área cultural, que conheci, mais de perto, o nome de Florisvaldo Mattos, então diretor da sucursal do Jornal do Brasil, e o nome de Capinan, poeta do tropicalismo. Mas em seguida veio o entusiasmo ao reconhecer que estes dois intelectuais, já então respeitados, eram autores de dois livros que seriam marcantes para a minha geração, Reverdor, de Florisvaldo, e Inquisitorial, de Capinan.


Vivendo os anos de engajamento da juventude estudantil, tomei o livro de Capinan como cartilha, soletrada como forma de oposição ao regime direitista vigente; e, confuso aprendiz dos segredos da palavra, fiquei ser saber como incluir a poesia de Florisvaldo Mattos no espaço do modernismo. Ainda identificando a modernidade com o poema sem eira nem beira, sem sela e sem cabresto, sem rima e sem medida, não sabia como compreender a rigorosa “escritura em pedra” deste poeta moderno e de feição clássica.

Pensava então que a poética instaurada pela geração de 45 era um retrocesso. Pensava também que o parnasianismo já era, que Olavo Bilac era uma besta e que nós estávamos com a verdade, única, porque nossa. Como então compreender o fascínio, ambíguo, incômodo, porque me espantava, diante do “galope amarelo” ou da “maquina de alvura sonora”, que aquela poesia que não me parecia, caracteristicamente, modernista provocava em mim?

Arrastado pela força e pelo mistério da palavra poética, passei a contemplar, com um respeito, quase religioso, que as coisas desconhecidas ou não compreendidas nos provocam, aquela “sonora arquitetura”. E graças ao espanto inaugural que a poesia impõe, pude principiar a compreender coisas que não compreendia.

Assim, em lugar de falar da obra de Florisvaldo Mattos como alguém que se dedica à crítica literária, abdico ao trono analítico – no qual muitos se sentam, ostentando o higiênico papel de críticos, – para falar de surpresas e de incertezas que são a pedra de toque da mais contrita leitura do texto literário.

Assim, que me seja permitido falar de lembranças; lembranças da descoberta sempre renovada dessa poesia que hoje nos traz a esta sala.

Foi mais ou menos naqueles passados dias dos anos setenta que conheci o movimento Armorial de Pernambuco, liderado por Ariano Suassuna, resultante da fusão de uma escrita, de uma pintura e de uma música embebidas em raízes da terra, mas ao mesmo tempo universalizadas pelo rigor clássico e erudito.




Glauber Rocha e Florisvaldo Mattos


No esforço de compreender a poesia de Florisvaldo, através do confronto com a fusão do telúrico com o erudito, proposta por Suassuna, publiquei na página 4 do jornal A Tarde, de 24 de março de 75, um artigo intitulado “O armorial dos três poetas”. Era uma forma de explicar como uma poesia recorrente às frondosas matas do cacau e às pedras da terra gasta, não a terra desolada de Eliot, mas a terra ressequida dos nossos sertões; era uma forma de explicar a fusão desses elementos, tão nossos e tão palpáveis, com o rigor de uma escrita que não prescinde da experiência acumulada, ou do aprendizado clássico.

Aqui, agora, ouso arriscar uma outra comparação da poesia de Florisvaldo Mattos com a obra esplendorosa de Sosígenes Costa. Não seria por acaso a admiração manifesta do poeta grapiúna de hoje pelo poeta grapiúna de ontem um indício de identidade?

Curiosamente, apesar do poema Iararana ser, em muitos aspectos, comparável ao Cobra Norato, que colocou Raul Bopp como figura importante do modernismo, Sosígenes entra na História da Literatura Brasileira apenas como um poeta simbolista. Sua importância como modernista é triunfalmente desconhecida pelos olhos eruditos do centro-sul. Aqueles olhos cujas mãos que escreveram a história.

A aproximação dos torneios verbais da escrita de Florisvaldo Mattos com a de Sosígenes ou de outros poetas simbolistas e parnasianos é uma tentação ao leitor. Anos atrás, relacionava-se sua domação de pedras com a arquitetura poemática de João Cabral de Melo Neto e de outras vozes pós 45. Mas se evitava uma aproximação com o parnasianismo, movimento que foi injustamente massacrado pelos pontas-de-lança de 22, como forma de afirmação do novo através da desqualificação do velho.

Assim, aproximar um poeta brasileiro moderno dos poetas parnasianos pareceria pura provocação. O mesmo não ocorreu, por exemplo, em Portugal. Fernando Pessoa, considerado por Roman Jakobson como síntese da modernidade presente nos grandes artistas europeus do século XX, sustenta o seu salto em direção ao futuro no declarado diálogo com o passado e com os fantasmas que assombram os velhos sobrados da memória.

Foi esta capacidade de Pessoa de transitar entre tradição e ruptura que levou o crítico lusitano Arnaldo Saraiva, nos dois volumes do livro O modernismo português e o modernismo brasileiro, a buscar em Olavo Bilac raízes do elaborado engenho formal de Fernando Pessoa. Convém lembrar que, na sua época, Bilac foi o poeta brasileiro de maior audiência em Portugal, o que justifica a possível influência.

E nada disso desqualificou a poesia de Pessoa; mesmo perante os inseguros vanguardistas brasileiros. O seu valor é intrínseco. Assim também ocorre com todo poeta.

Por que, então, não considerarmos o entrelugar do verso de Florisvaldo Mattos? Porque situá-lo descarnado das leituras e influências que se entremostram, que se velam e revelam na sintaxe do verso?

Florisvaldo Mattos não temeu escandir sua arte nos limites do soneto, mesmo quando os poetas que se queriam modernos, a qualquer custo, estigmatizavam as jóias de quatorze pedras preciosas.

Desse modo, o metro fixo de dez pés emprestou seu ritmo inconfundível aos versos brancos do cantor das tropas “conduzindo cacau para Água Preta”.

Se no citado já artigo de 1975 procurávamos compreender a féerica arquitetura da “fábula civil sonhada”, vinte anos mais tarde, no artigo intitulado “Domação da palavra”, publicado na coluna Leitura Crítica, do jornal A Tarde (de 15 de abril de 1996), voltamos à poética de Florisvaldo Mattos, quando do lançamento de A Caligrafia do Soluço & Poesia Anterior.

Nesse novo texto, lembramos que o primeiro livro individual do poeta trazia uma seleção rigorosa e circunscrita a um mesmo tema, o que podia ser entendido como evidência do completo domínio da poesia pelo autor que ali fazia seu primeiro concerto solo. Nesse bem cuidado volume, com ilustrações de Calasans Neto, o autor dizia: “Os poemas deste livro – escritos de 1955 a 1963 – foram escolhidos pelo autor, para publicação, tendo em vista uma unidade temática de base agrária.”

Tal escolha fez com que Florisvaldo passasse a ser visto como um poeta do campo, não faltando as comparações com o Virgílio das Georgicas e com outros poetas universais. Mas a sua obra obedece a duas grandes vertentes; essa primeira, onde o elemento telúrico define a natureza do canto, e uma outra, citadina ou cosmopolita, que amplia e desenvolve o alcance de uma voz do interior.

A natureza do canto deste poeta tem de fato a marca da grei: Água Preta, Uruçuca, Itabuna, enfim, as terras do sem fim da Nação Grapiúna.

Foi esse vínculo primeiro do poeta com a região, suas roças adubadas com o sangue dos homens de aluguel e os sonhos desfeitos, que deu à sua voz o selo de compromisso com o Homem. Num momento em que o engajamento partidário era o sedutor caminho encontrado por muitos escritores e artistas, o compromisso humanístico e – digamos – telúrico de Florisvaldo Mattos traçou a arquitetura fulgurante da sua escrita, em torno da qual aqui estamos reunidos.



REFERÊNCIAS

MATTOS, Florisvaldo. Reverdor; poesia. Xilogravuras de Calasans Neto. Salvador, Macunaíma, 1965.

MATTOS, Florisvaldo. A caligrafia do soluço & poesia anterior. Salvador, Fundação Casa de Jorge Amado / Copene, 1996, 180 p.

SARAIVA, Arnaldo. O modernismo brasileiro e o modernismo português; subsídios para o seu estudo e para a história das suas relações. Volume I. Porto, s. ed., 1986, 336 p.

SARAIVA, Arnaldo. O modernismo brasileiro e o modernismo português; subsídios para o seu estudo e para a história das suas relações. Volume II: Documentos dispersos. Porto, s. ed., 1986, 336 p.


(Texto lido durante o evento “Encontros Literários”, realizado na Academia de Letras da Bahia, no dia 16 de abril de 2010. Inédito em forma impressa.)